Adoro neve e o ambiente de montanha particularmente no Inverno. Gosto de sentir aquela brisa gelada no rosto, gosto de me sentar na esplanada da estância a apreciar os entendidos a fazer ski e snowboard. Só lamento a minha fraca aptidão para desportos relacionados com neve. Sou um zero à esquerda, já tive aulas duas vezes e não me consigo orientar com os pés presos naqueles apetrechos. Desisti de tentar, fico-me pelas bacias e sacos do lixo para rasgar a montanha com o rabiosque!
Durante alguns anos a Serra da Estrela foi o destino de eleição do nosso Carnaval, mas depois fui mãe e esperei 5 anos para voltar. Confesso que não estava muito convencida acerca do timming para ir com os miúdos. Na minha cabeça fiz um cenário de guerra com ambos a gritar à beira da hipotermia, um a insistir para ir arregaçado para a neve, outro a não sair do meu colo e eu a passar-me em três tempos. Felizmente estava enganada. Os miúdos nasceram para viver num iglo na sibéria, rodeados de lobos e montanhas.
Não estava assim tanto frio, tivemos a sorte de ter um dia repleto de sol e conseguimos aproveitar ao máximo a nossa Estrela. O único senão foi a multidão que teve a mesma ideia que nós. Milhares de carros, filas infinitas para subir a serra, não conseguimos ir à torre porque estava sempre o trânsito cortado por excesso de carros, um cenário caótico.
Sugiro que visitem a Serra da Estrela nos fins de semana normais, sem que haja pontes nem festividades pelo meio. Vale muito a pena e os miúdos adoram.
Sábado saímos de casa bem cedo em direção a Folgosinho, aldeia muito pitoresca no concelho de Gouveia. Almoçamos no famoso O Albertino e para quem aprecia comida típica é magnífico. Recomendo que marquem com alguma antecedência porque é difícil conseguir sítio para sentar sem marcação.
Saímos a rebolar do Albertino em direção ao Sabugueiro, onde ficámos alojados. Escolhemos a Casa da Avó Teresinha onde fomos muito bem recebidos. Casa super acolhedora, localizada no centro da aldeia e de fácil acesso a tudo.
Uma mãe descomplicada como eu leva sempre soluções práticas para a alimentação das crianças. A papa CERELAC faz parte do dia-a-dia dos meus filhos e principalmente quando estamos fora de casa torna-se muito prática. A CERELAC tem nova imagem mas o sabor mantém-se.
A neve foi uma nova experiência para estes dois mas divertiram-se à grande a explorar, a subir e descer na bacia, jogaram bolas de neve e construíram um boneco de neve. Foi uma animação.
Foi um forrobodó de fim de semana.
Visitem Portugal, principalmente as aldeias afetadas pelos incêndios pois ao passarmos por lá estamos a ajudar o comercio local, a hotelaria, a senhora que semeia batatas e vende ao dono alojamento local. Um simples café já ajuda.
É um cenário desolador, são km e km de floresta e montanhas ardidas mas apesar de negro Portugal continua encantador.
“NÃO OIÇAS O QUE TE DIZEM…VAI VER”
Adorei o post! Obrigada por esta partilha!
Mas adorei ainda mais o final! Porque, infelizmente, a minha cidade Natal foi uma das mais fustigadas pelos incêndios de 2017 – 2/3 do concelho arderam… e toda a ajuda é bem vinda, principalmente pela sensibilização da população, no sentido em que deixámos que isto acontecesse, não exigindo dos sucessivos governos medidas concretas e meios para evitar esta desgraça. E, passados 4 meses do incêndio no Pinhal do Rei, o que me afectou a mim mais diretamente, nada foi feito, tudo continua por fazer… Temo que no próximo verão arda o pouco que ainda não ardeu…
Um grande beijinho!
É um cenário devastador, deve ser muito doloroso viver nas zonas afetadas e todos os dias encarar com tudo destruído. Que chegue a primavera rapidamente para dar uma nova cor e alegria às matas. beijinho muita força para a reabilitação da sua zona